Gestão estratégica em organizações públicas


As ferramentas gerenciais, oriundas da iniciativa privada, estão cada vez mais presentes nos mais diversos setores da Administração Pública do Brasil. O painel 56 do VI Congresso Consad de Gestão Pública, que mostrou as experiências da gestão estratégica nas organizações públicas, ilustra bem a influência dessas ferramentas.
Durante o painel, representantes da Polícia ambiental do Espírito Santo, da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Ceará (COGERH) e da Secretaria Geral da Presidência da República (SG/PR) falaram da experiência de adesão ao Balance Scorecard (BSC). Além disso, gestores da Universidade Federal do Oeste do Pará falaram da proposta de adoção de um escritório de projetos na universidade.
O projeto "Policiamento Ambiental Eficiente", implantado no estado do Espírito Santo, utiliza a gestão estratégica baseada no Balanced Scorecard (BSC). A adoção da ferramenta elevou significativamente o número de denúncias e ajudou a aumentar o número de casos solucionados.
A mesma ferramenta foi utilizada pela COGERH para a adoção do monitoramento de ações e projetos com foco em resultados. Com isso, a companhia obteve um aumento de 34% no faturamento mensal e uma redução brusca na taxa de inadimplência.
A SG/PR expôs no painel as dificuldades da implantação do BSC na pasta. "Mensurar indicadores subjetivos, como a participação popular na agenda da Presidência da República, é um processo delicado, por isso a implantação do BSC na SG/PR ocorre de forma gradual" explicou Gabriela.
A Universidade Federal do Oeste do Pará, por sua vez, implantou um Escritório de Projetos (EP) como base do planejamento estratégico. Por meio de três etapas (Concepção, estruturação e Implantação), a universidade estipulou 25 objetivos estratégicos, que serão monitorados pelo EP por meio de 52 indicadores de desempenho até o ano de 2016.
Balance Scorecard – O BSC é uma ferramenta gerencial que monitora e gere o planejamento estratégico por meio de indicadores de desempenho balanceados. Esses indicadores auxiliam na avaliação do planejamento estratégico com base em quatro perspectivas básicas: financeira, satisfação dos clientes, melhoria dos processos internos e aprendizado.

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