PMDB libera Luiz Pitiman

Um novo cenário se descortina na vida política do deputado federal Luiz Pitiman, a dois passos para deixar o PMDB. Se dependesse só de uma decisão do presidente da legenda no DF, Tadeu Filippelli, Pitiman já poderia alçar voo rumo a outra legenda, mas ainda falta a palavra final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como o PMDB não vai reivindicar o mandato, Pitiman só aguarda o TSE julgar seu processo para sair a campo, analisando com lupa convites de vários partidos interessados em seu passe.
Discreto, mas “trabalhando muito na construção de um projeto alternativo para o Distrito Federal sair da letargia em que se encontra”, Pitiman vem mantendo um ritmo de reuniões que mataria de inveja o governador Agnelo Queiroz. Na sexta-feira, 30, começou sua agenda de reuniões, encontros e articulações políticas nas primeiras horas da manhã e terminou num jantar à noite. Num destes poucos intervalos, o Jornal Opção conversou rapidamente com Pitiman sobre o futuro pós-PMDB. “Estou conversando com os variados segmentos políticos e empresariais da cidade para, assim que obtiver uma resposta do TSE, traçar meu caminho”, disse enigmático. Especulações apontam que Luiz Pitiman deve ir para o PSDB, legenda onde ele tem dois grandes amigos e aliados: o presidenciável Aécio Neves e o governador de Goiás, Marconi Perillo.

Com um quadro ainda confuso no espectro centro-direita onde postulam a cabeça de chapa, Joa­quim Roriz, José Roberto Arruda (ambos sem partido), Paulo Octávio, Alberto Fraga (DEM), Rogério Rosso, Eliana Pedrosa (PSD) e Izalci Lucas (PSDB), só para citar os mais evidentes, Pitiman espera passar o prazo de filiação, 5 de outubro, para vislumbrar com mais nitidez um caminho. “Antes do prazo final de filiação, fica difícil traçar um rumo”, resume ele.

O deputado prefere falar das so­lu­ções e não dos problemas que o DF passa atualmente. Para ele, os grandes estadistas buscaram nos sonhos das pessoas comuns, aquelas que estão longe dos palácios e das decisões políticas, soluções práticas para levantar uma nação. “Talvez este seja o caminho que devemos trilhar. Digo nós, lideranças preocupadas com o hoje, base de um amanhã onde nossos filhos e netos vão edificar seus projetos de vida”.
Pitiman sabe que terá pela frente grandes desafios e um deles, sem dúvida, será o de unir as forças dispersas que não concordam com a gestão de Agnelo. Lidar com a vaidade política não é tarefa para amador, mas o deputado acredita na construção de um projeto político-administrativo que contemple todas essas forças em prol do desenvolvimento econômico e social do DF.

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